Esporte
Pouco
conhecido no Brasil, Gueitebol é tradição entre japoneses em Álvares Machado
Na cidade, o esporte é praticado há mais de 30 anos e reúne jogadores de
até 92 anos de idade.
Em Álvares Machado, cerca de 15 jogadores são os responsáveis por manter viva a tradição da atividade |
Da redação
Um jogo de estratégia e
precisão. Pouco conhecido entre os brasileiros, o Gueitebol é tradição em
alguns municípios do Oeste Paulista. Em Álvares Machado, a competição de origem
japonesa reúne, há mais de 30 anos, diversos praticantes da modalidade, que se
dividem desde os principiantes aos mais experientes, com até 92 anos de idade.
Toda manhã, a partir das 7h10,
jogadores das mais diversas idades e em sua maioria orientais se organizam para
mais uma partida do esporte, que entre os benefícios oferece a disposição
física e mental aos participantes. “O jogo exige um pouco de força e
concentração”, explica uma das integrantes, Cecília Utida, 61.
Em Álvares Machado, cerca de
15 jogadores são os responsáveis por manter viva a tradição da atividade,
realizada numa quadra de 20 metros de largura e 15 de comprimento e com duração
média de 30 minutos por partida.
A mais recente conquista do
grupo foi em abril de 2018, quando trouxeram para casa o título de campeão da
Liga Sorocabana de Gueitebol, realizada no município de Pirapozinho / SP.
Uma outra característica da
modalidade é a idade e disposição dos participantes, que, em sua maioria,
possuem faixa etária acima dos 60 anos. “Temos jogadores de até 92 anos e que
surpreende com suas jogadas”, diz Cecília.
O segredo de tamanha
coordenação, conforme uma das jogadoras, a dona Izabel Mizobe, 86, é a harmonia
entre o grupo que se tornou, inclusive, “amigo”. “Temos um motivo, representamos
uma equipe e isso faz com que tenhamos ainda mais força de vontade e alegria em
frequentar esse espaço”, argumenta.
O principal desafio do
esporte, no entanto, é a adesão de novos praticantes. Segundo Cecília a
categoria não recebe novos adeptos, especialmente os mais jovens. “Em outros
municípios existe a participação de novos jogadores, porém, observo que aqui
possui uma carência nesse sentido. É preciso que tenhamos mais aderência”, diz.
Benefícios
à saúde
Conforme Cecília, a
movimentação continua, sem excessivo esforço, faz com que o praticante de
geuietbol exercite todas as partes do corpo. Esse exercício moderado melhora a
circulação sanguínea, bem como a respiração, fortalece os músculos e aumenta a
resistência orgânica.
Sobre seu aspecto ideológico,
Cecília explica que esse é um esporte essencialmente de estratégia e exige do
praticante atenção constante e uso de raciocínio. “Além disso, é um alegre
convívio com os amigos e contribui para melhorar o humor do gueitebolista”,
diz.
O
jogo
Consiste na disputa entre duas
equipes, a vermelha e a branca, cada uma com cinco jogadores. As bolas são
enumeradas de 1 a 10, sendo as vermelhas ímpares e as brancas, pares.
A duração de uma partida é de
30 minutos e dentro desse espaço de tempo cada jogador deve passar seu
respectivo número passe por três gates
e, por fim, acertar o pino central para finalização, com o auxílio do taco de
gueitebol. O grande desafio, sobretudo, é se livrar dos ataques rivais, os
quais pretendem tirar as bolas de campo ou dificultar as jogadas.
Historicamente o gueitebol foi
criado no Japão, em 1947, inspirado no jogo francês croquet. Trata-se de um esporte divertido, econômico e saudável. É
praticado em 42 países, divididos entre a África, América, Ásia, Europa e
Oceania.
A população mundial de
gueitebolistas gira em torno de 10 milhões, com maior concentração nos países
do extremo oriente.
O esporte foi trazido ao
Brasil no final da década de 70 e existem cerca de 10 mil praticantes,
distribuídos em diversos estados do país.
Onde
praticar?
Para saber onde existe um
clube de gueitebol em sua região, basta entrar em contato com a União dos
Clubes de Gueitebol do Brasil, pelo telefone (11) 3208-9686
Parte do time em mais uma manhã de treino |